As consequências de um cada vez mais provável El Niño de forte intensidade nos próximos meses está sendo avaliada pelos mercados. Ponto positivo: pode ser o fim de um ciclo de estiagem no Sul do Brasil e na Argentina. Mas existem alguns pontos preocupantes. O fenômeno costuma ser associado a chuva em excesso e temperaturas altas na Ásia, o que prejudicaria safras de arroz, óleo de palma, café, cana-de-açúcar e cacau na região. Outro efeito indesejado pode ser um verão mais seco no Nordeste do Brasil.

Azedou de vez o corredor de exportações de grãos da Ucrânia. O acordo que o mantém aberto desde a metade do ano passado vence dia 18 e por enquanto não há sinal de renovação. Para piorar, os Ucranianos afirmam agora os russos já teriam abandonado o tratado. Mais de 90 navios estariam esperando nas águas territoriais da Turquia sem autorização para atracar na Ucrânia e embarcar os grãos. Em outras palavras, ninguém entra e ninguém sai. É algo que tem tudo para mexer com os mercados agrícolas nesta semana, especialmente no caso do milho e do trigo.

Os Estados Unidos também têm a sua própria versão do teto de gastos para se preocupar – e é um dos assuntos da área econômica que podem ter impacto sobre os mercados agrícolas nas próximas semanas. O nível de endividamento do setor público por lá deve chegar ao limite até o fim de maio. Aumentá-lo depende de um acordo entre Democratas e Republicanos. Não está nada fácil chegar a um consenso, mas tem conversas marcadas a partir desta terça-feira, 9 de maio. Muitos analistas afirmam que, sem acerto, cresce o risco de uma recessão na maior economia do mundo. Vamos ver!

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