Após anos de debate, PEC da reforma tributária é aprovada na câmara e texto segue para análise do senado. A proposta unifica 5 impostos em um imposto único, não cumulativo e propõem mudar o fato gerador do imposto da origem para o destino, aproximando a legislação brasileira do modelo de países desenvolvidos. Texto inicial passou por alterações sugeridas por entidades ligadas ao Agro e as principais definições foram: isenção da cesta básica, desconto do imposto sobre alimentos e insumos do agro entre outros. Contudo, diversos pontos – dentre eles, o mais importante, a alíquota do imposto – ainda precisam ser regulamentados por leis complementares a serem votadas posteriormente. Após todas essas definições, aí sim, será possível ter um melhor entendimento dos impactos da Reforma Tributária sobre o setor. Para ficar de olho!

Semana será de divulgação de índices de inflação pelo mundo. Nesta segunda, a China divulgou o índice de preços ao consumidor de junho que apresentou deflação de 0,2% em relação a maio e estabilidade em relação ao ano anterior. A fraca demanda por bens de consumo duráveis e a economia mundial retraída, podem desacelerar ainda mais o ritmo de crescimento da China. No Brasil a expectativa do mercado é de que o IPCA de junho, que será divulgado nesta terça feira, apresente uma pequena deflação de 0,08%, o que levaria o índice acumulado de 12 meses para 3,11%. Na quarta-feira será a vez dos EUA divulgarem números da inflação americana. Por lá o viés ainda é de alta, o que coloca mais pressão nas próximas decisões de taxas de juros do FED.

E falando em FED, a ata da reunião de junho revelou que, embora as taxas de juros tenham sido mantidas, a maioria dos membros do banco central considera apropriado realizar novos aumentos em 2023. Essa indicação causou pressão nas bolsas e reforçou a percepção de uma postura conservadora do FED, devido a preocupações com a inflação nos Estados Unidos. No final de julho, está programada uma nova reunião por lá, e se a taxa de juros subir, o dólar deve se valorizar. Por aqui, o dólar mais valorizado é uma boa notícia para o produtor, que apesar de ter parte dos custos dolarizados se beneficia com as vendas dos produtos.

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